Recordo-me da tua
voz ampla, asas
da tua terna poesia.
O tempo em ti a crescer,
implorava
implorava por tenros
anos há muito vividos,
plasmados em memórias
difusas, retidas num antes,
em bocados de vida
na tua praia esquecidos.
Recordo-me daquele dia
coberto de noite,
da súplica dos teus olhos,
do frisar do rosto,
do amansar da carne,
da tua pele tão fria,
aquele amargo prenúncio
que em silêncio
eu tanto temia.
Mas as palavras ainda
por lá moram,
dispersas na maresia,
perdidas em movimentos
incertos, em olhos que choram...
e o marulhar perene
o vento norte,
cansados,
ainda entoam um eco da minha prece:
que se cale o tempo!
que se afogue a morte!
Fotografia: Paulo - Galeria Olhares
Video: youtube
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