Tenho o olhar cativo
nos restos de um tempo
que ficou, vivido
ou não, preso
num espaço oblíquo
sem coordenadas, sem
norte, sem vida.
Aparo a memória que restou,
que pernoita ainda,
em gestos inacabados, em
lugares cinzentos,
em momentos fugazes
que se diluíram em cinzas
negras, de uma fogueira
quase extinta.
Fomos em silêncio, instantes
lancinantes de néon,
esbatidos, no limite
da escassa hora
que era a nossa,
estilhaços, desta quase vida
que acabou.
Rapture - Antony and the johnsons
Foto: Graça Loureiro
Il y a des regardsqui arrivent,des momentssortis des fabules,des couleurs qui gravitentdans un mondeplein de temps&hel...
. DIÁFANO