Saudade.
Errónea nudez que vem sem corpo.
Encadeada em imagens dispersas
de manhãs de embriaguez,
que saem lentas
por entre as magras fendas da memória,
e livres, gritam no desespero amargo
de um sentir... Saudade.
Crua.
Viva na frieza de um silêncio
que nem o inaudível rigor da morte o calou.
Imensa, cravada na cruel paisagem
que a sentiu.
Fixa nos olhos parados de quem a despe,
jaz, em cima do mundo
que de saudade a vestiu.
Fotografia: Silvio Salcnik - Galeria MyFourThirds
Música: Tarantula - This Mortal Coil - Youtube
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